Benefícios do azeite e como escolher o produto no mercado
Presente na rotina alimentar de muitas pessoas, o azeite é capaz de oferecer benefícios para a saúde de todas as faixas etárias
O consumo diário de azeite de oliva pode trazer inúmeros benefícios à saúde graças a sua composição. Exemplo disso é a presença de polifenóis, propriedades anti-inflamatória e antioxidante capazes de combater radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento das células, o que auxilia na prevenção de doenças.
Contudo, apesar de suas vantagens, os brasileiros ainda estão muito atrás dos países líderes de consumo desse produto, de acordo com o Conselho Oleícola Internacional (COI): enquanto no Brasil o consumo anual é de 0,4 kg de azeite por pessoa, na Grécia o índice chega a 11,5 kg, além de 10,6 kg na Espanha e 7,5 kg na Itália. Gregos, espanhóis e italianos são os maiores consumidores per capita de azeite do mundo.
Mas, afinal, quais são os benefícios do consumo desse produto na rotina alimentar? A seguir, Mariana Machado, nutricionista especialista em nutrição clínica funcional e hipertrofia, explica!
Benefícios do azeite
De acordo com Mariana, os benefícios do azeite se estendem a todas as faixas etárias. “O azeite pode e deve ser incluído como complemento nas refeições, como também no preparo dos alimentos, refogados e grelhados.”
A nutricionista lista algumas das principais vantagens da inclusão desse produto na dieta familiar:
1Otimiza a saúde cardiovascular
O azeite contribui com bons níveis de colesterol, baixando principalmente os níveis de LDL. “Rico em ácidos graxos monoinsaturados (ômega 9), o consumo do azeite contribui para a redução do colesterol ruim (LDL) e melhora dos níveis de colesterol bom (HDL)”
Protege o cérebro
Devido a sua ação antioxidante, o azeite é capaz de proteger a saúde do cérebro.
3Melhora a resposta glicêmica
Como consequência, o consumo do azeite ajuda a prevenir diabetes.
4Auxilia no emagrecimento
Seu consumo aumenta a saciedade e otimiza a digestão dos alimentos, auxiliando a quem deseja perder peso;
5Excelente para bebês e crianças
O azeite de oliva extra virgem possui uma gordura que se assemelha com o leite materno, pela composição com ácido oleico e linoleico, e é fonte de vitamina A, D, E, K. “Dentre tantos outros benefícios, também podemos destacar a contribuição do azeite no desenvolvimento dos pequenos, fortalecimento dos ossos e formação do sistema nervoso”, ressalta a especialista.
Como escolher o produto no mercado?
De acordo com a nutricionista, para escolher um bom azeite, é preciso ler os rótulos e se atentar aos seguintes fatores:
- Ingredientes de fabricação
Na lista de ingredientes, deve haver somente azeitonas. “Evite os que têm adição de soja, girassol, etc.”
- Data de fabricação, e não de validade
“Diferentemente dos vinhos, quanto mais recente for a produção do azeite de oliva, melhor! O ideal é adquirir um azeite com no máximo 12 meses da sua data de fabricação, pois quanto mais velho, menores são os níveis de antioxidantes”, destaca Mariana.
- Acidez e nível de peróxidos
De acordo com a legislação da União Europeia, o azeite de oliva extra virgem tem que apresentar uma acidez livre, expressa em ácido oleico, de até 0,8g. “Quanto menor a acidez, melhor o azeite. Os números recomendados de acidez são de igual ou menor que 0,5%, e peróxidos menor ou igual a 20mEq/kg”, ressalta a especialista.
- Garrafa de vidro escuro
A luz prejudica as qualidades do azeite, portanto o armazenamento não deve ser em plástico, nem em metal. “Uma boa dica é sempre escolher o azeite que está no fundo da prateleira, longe da luz.”
Optar por um azeite que esteja dentro das classificações recomendadas garante ao consumidor o aproveitamento integral dos seus benefícios no consumo. Isso porque alguns produtos podem ter qualidade e procedimentos que prejudiquem o resultado final.
“Além de não estar totalmente de acordo com as recomendações de qualidade, um azeite com misturas de óleos não será 100% puro. Além disso, quando armazenados em embalagens que não condizem com a manutenção de suas propriedades nutricionais, geram perda de nutrientes e resultam em uma qualidade nutricional diminuída”, ressalta a especialista.